sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Eles precisam ouvir isso de você!





O que um gestor deve dizer rotineiramente, para sua equipe é o tema deste artigo exclusivo de Carlos Eduardo Dalto

Em muitos de meus seminários e treinamentos voltados a líderes, deparo-me com situações extremamente curiosas, para não dizer trágicas, nas quais gestores insistem em fazer malabarismos corporativos dos mais complexos no trato das relações com suas equipes. Desenvolvem processos elaborados e confusos e se esquecem de um velho e bom princípio: não tente o secundário quando o principal ainda não foi realizado!

Digo isso porque nessa busca desenfreada de mostrar resultados, que caracteriza o atual contexto corporativo, os líderes abraçam o primeiro modismo que aparece, repleto de adereços e vieses, e saem aplicando a “novidade” no desespero de mostrar resultados imediatos. Com isso, colocam as pessoas de cabeça para baixo – literalmente.

Vou ilustrar com uma situação típica, presenciada por quem se dedica a treinar executivos. Dia desses, gestor experiente de uma grande indústria, com funcionários ultrapassando a casa dos milhares, disse-me o seguinte: nossa universidade corporativa treina os supervisores da empresa há 7 anos em temas comportamentais; temos um sistema de planejamento de atividades com descrição detalhada do que eles precisam fazer; definimos metas individuais e, ainda assim, vejo erros grotescos, informações trocadas e, não raro, comentários de que acreditavam ser isso o que eu queria. 

Reforço: “não tente o secundário quando o principal ainda não foi realizado”! De pouco adianta implementar modernas ferramentas para gerir pessoas se o acompanhamento diário é insatisfatório. A presença e o envolvimento do gestor no dia a dia é peça fundamental para promover o aprendizado efetivo de uma equipe. 

Eis algumas atitudes simples, mas extremamente importantes, que podem ajudá-lo a obter um retorno satisfatório de seus funcionários: 

1.    De pouco adianta definir metas, objetivos e querer resultados, se as atribuições não estão claras para quem vai executá-las. O simples “Eu preciso disto, até tal data e desta forma” é comportamento fundamental na forma de delegar, caso queira uma entrega de alto nível.

2.    Faça com que cada um entenda como seus esforços contribuem com a empresa. É uma estratégia valiosa para provocar engajamento. Muito mais do que executar, as pessoas precisam se sentir parte integrante do processo e, realmente, perceber como seu trabalho contribui para o todo.

3.    Nesse sentido, não presuma que os membros de sua equipe têm consciência de que executaram bem determinada tarefa. Eles precisam ouvir de você que a tarefa foi bem executada!

4.    Da mesma forma, comunique a seus funcionários comportamentos indesejados ou quando não cumprirem suas tarefas. Deixe bem claro o que você e a empresa esperam deles e quais atitudes são desejadas. 

Esses são quatro exemplos de atitudes gerenciais simples e práticas, que devem fazer parte do repertório diário de um gestor e que provocam grandes resultados. 

Eles precisam ouvir isso de você!

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